No inicio ...no meio...
No início ela chorava, um pranto magoado, um pranto gélido é cinzento, chorava a desilusão, as traições e quantas vezes chorava por ter apostado tão erroneamente, chorava por ter acreditado em tantas palavras doces, flores e apelidos carinhosos, atitudes dele para com ela que nunca foram verdadeiras, sempre com segundas e terceiras intenções... chorava por te-lo colocado sua vida, seu coração e seu corpo ao uso e abuso do tal sujeito, no inicio ela chorava por tantas palavras dele que entravam em sua carne feito uma navalha e sagrava de tanto doer, palavras de ofensas pessoais, palavras de insultos morais, palavras de verdadeiro sentido absurdo, ela se esvaiu de tanto derramar lágrimas e perguntas inúteis, ela se dobrou, se rendeu, deitou e adormeceu, no que parecia mais que um pesadelo, não era possível, que fostes tão cega e tão imbecil a ponto de oferecer seu bem maior, o coração...era uma dor dilacerante, uma dor estranha, feito topada no dedinho mindinho, uma dor que doía sem pa