Desapego.

Quando pensamos em ter, em sermos donos, em nada pensamos corretos, não somos nem almenos responsáveis, nem almenos conhecidos de nós mesmos, devemos entender que havera vida, que as coisas são sempre um encontro seguido de desencontro, não se pode deter algo, não se engana sentimentos, não se anula vidas, passado, a consciência deve ser: abrir mão, desocupar, desabrigar pessoas de serem honestas ou sinceras, uma vez que todos nós nunca somos inteiramente sinceros, ciúmes, sentimento de posse e outros, quanto bobeira, qta infantilidade, qta imauridade, ninguém pertence por inteiro a ninguém, somos parte de uma merda, que não se acaba, de uma corda, onde cada lado esta unido a outro lado e por ai adiante, não é meu,não é seu, não sou assim ou assado, deste ou daquele, quero perder-me deste imenso inferno astral, quero deixar meu corpo a vontade e minha cabeça fluindo, não, eu não quero estar entre aqueles que acham que dominam pessoas, não, eu não sou assim, eu sou diferente, quero amar o abrir de mão, o cessar fogo, quero calma, quero paz, quero meus dias sem acessos de que o que não é materia me pertence, não, o que pensar, andar, respirar ou ate mesmo tiver vida dentro de um vaso, não me pertence, e nem a ninguém, somos pessoas livres, cada qual com seus momentos, cada qual com suas vontades e desejos, estarei livre disso tudo, quando entender que não posso pertencer e ninguém me pertence, vivemos num mundo livre, sem amarras ou tradições, somos incapazes de abrir mão do outro, mas porque? a maior prisão de todas não tem grades e o maior homem do mundo sobrevive a séculos sem escravizar ninguém, ou colocar pessoas sob seus dominios, apenas com palavras escritas em um livro, que já foi reescrito muitas vezes e mesmo assim não perdeu sua essência, minha mente deve se fechar para estas normais da sociedade e para estes costumes estranhos, uma vez que nem almenos meu corpo me pertence, sou espirito e devo me comportar como tal, uma vez que conheço e reconheço que sou apenas carne, e toda esta besteira de sermos assim ou assado, deste ou daquela parte de algum lugar é besteira, pura inocência, ninguém é verdadeiramente de lugar nenhum, se formos morar na china, aprendemos a comer peixe cru e falar estranho, então porque querer, quero me soltar ao nada, numa queda livre infinita, quero me sentir livre e deixar as pessoas ao meu redor livres, meu gato, minhas plantas, quero libertar-me de toda a angustia de pensamentos sordidos e tolos, de ficar imaginando beijos e abraços, não, não posso, não quero e não devo, isto não é verdadeiramente o que busco, quero algo maior, parceria em outros aspectos, lealdade em outros aspectos, não quero me importar e não vou, devo estar livre sim a todo tempo. O que vou fazer neste periodo de adaptação será nada menos que alimentar meu espirito de paz, calma e tranquilidade, não tenho contrato nenhum com a carne, parceria deve ser maior que isso, não a momentos de carne, de suor, isto não é o que se deve buscar, o consentimento ou não, nunca evitou guerras e não vai evitar nunca, passamos para algo que verdadeiramente importa, o nosso tempo, a amizade de almas, que se reencotram e fazem juntas algo, não penso em corpo e verdadeiramente não quero prender ninguém em algemas imaginarias, ou a cordas que se quebram, minhas cordas serão muito mais fortes que isso, é irão muito mais além, desde de sempre terei aqui, acola, neste ou em outro mundo meu espaço, é isso independe de ser ter ou se apropriar, trabalhando assim todos os dias, na mesma intenção.

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