Se acaso me quiseres Sou dessas mulheres que só dizem sim...




"Eu sou Mulher, daquelas mulheres que amam ser mulher, não mulher porque nasceu assim, que se esconde do seu papel de mulher, não estas, sou daquelas mulheres de verdade, com massa, com atitudes, donas do seu nariz, mulher que sou, mulher sim, daquelas de carne, cheias de certezas, sim com celulites, e estrias, e alguma flacidez aqui e acola, porque eu acredito que um homem de verdade, sabe que mulher tem estas coisas, por causa dos seus hormônios, caso o mesmo não goste ou aprecie, aconselho a possuir outro homem, sou mulher, com curvas perigosas demais para qualquer um, estas curvas são para algum em especial, mulher que sabe fazer seus desejos serem realizados, não somente na cama, que sabe beijar de uma forma calorosa e quente, e ao mesmo tempo cheio de ternura e carinho, mulher é algo mistico, algo imponente, sei lá, tipo sereias, tipo fadas, tipo unicórnios, acima, pra cima, do universo, a mulher de verdade, ela se satisfaz ao ver um filho sorrir, ela ataca se afrontada, ela arrebata se desejar, sou mulher assim deste jeito, indecifrável, até pra mim que sou, e gosto assim, não sei do meu humor de hoje, nem de amanhã, só depois que passa, adoro gritar ao mundo, minhas verdades, meus sentimentos, mas escondo o que mais interessa, o que se passa por dentro, nas veis e no coração, sou destas mulheres que amam um bar, uma cerveja um bate papo informal, falar da vida, ouvir um bolero, conhecer pessoas, costumes e trejeitos, nunca fui pouca mulher e não gostaria de o ser, uma vez li um texto, dizendo que mulher que não grita e que não bate para defender suas idéias e interesses, não faz historia, sou destas fêmeas poderosas, que olham, que podem ser domadas, ao menos por algumas horas, se assim desejar, mas logo em seguida, volta ao seu lugar de mulher de verdade.Guerreira desde de sempre, não aprendi a ser mole pra vida e a reclamar dos dias mais difíceis, aprendi a ser dura e bater de frente, mostrar que na queda de braço, sou muito mais eu, eu sou destas mulheres, que amam o que fazem de suas vidas, e hoje aos 40, uma loba, definitivamente não foi açúcar que passaram em mim, foi pimenta, e eu gosto assim, de arder, de botar fogo e de ser mais eu, e não ser para todos, em meus momentos de angustia ou tristeza, coloco um brinco maior, um lápis nos olhos, um batom mais forte, e me olho no espelho, porque ninguém neste mundo inteiro tem direito de dizer a uma mulher como eu, o que fazer, como fazer e quando fazer, gosto dos meus tratos e dos meus acordos, porque nasci pra ser assim, livre e liberta, feliz e tranquila, angustias não quero, e sorrisos distribuo com muito gosto, gosto de ser falante, boca dura, grosseira se precisar, mas não gosto de apagar, de mentir ou de ilusões desnecessárias, na verdade eu seria eu todas as vezes que for possível escolher, Patricia Reverth Fernandes, eu serei eu, e não me curvarei em momento algum mediante a uma verdade minha, ou a defesa dos meus."

Folhetim

Gal Costa

Se acaso me quiseres
Sou dessas mulheres que só dizem sim
Por uma coisa à toa
Uma noitada boa
Um cinema, um botequim
E se tiveres renda
Aceito uma prenda
Qualquer coisa assim
Como uma pedra falsa
Um sonho de valsa
Ou um corte de cetim
E eu te farei as vontades
Direi meias verdades
Sempre à meia luz
E te farei, vaidoso, supor
Que és o maior e que me possuis
Mas na manhã seguinte
Não conta até vinte, te afasta de mim
Pois já não vales nada
És página virada
Descartada do meu folhetim

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