Alguns nascem pregos, e outros martelos...



E quando me vi martelo, não tinha outro caminho, e nesse momento, pensei, e agora Maria, bora correr, levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima, vá buscar a paz que vem de dentro, que só você pode causar a si mesma, que remete a suas escolhas, e a todas as situações e consequências do depois deste tempo, o tal precioso, hoje, o presente, paciência é uma virtude, acredito nisso, mas tem que ser daquelas de esperar água ferver, olhando para a panela, até as primeiras bolhinhas se formarem. Ou saber que errou e aguardar a bendita ou maldita colheita, sem dar um pio, ou lamentar, eu acho que aprendi agorinha mesmo, de uns 5 anos pra cá, o tempo escapuliu entre os meus dedos e quando percebi, estava aqui, assumidamente cautelosa, a mais para as oportunidades que tenho, e toda senhora de mim, muitas plantas no quintal para molhar todas as noites e esperar aquela vontade de agir, passar, e uma vontade quase que insana de mandar meio mundo se fuder, e assim a PACIÊNCIA chegou na minha vida, sendo trabalhada, passo a passo, com requintes de crueldade e na maioria das vezes, uma tortura infinita, e veio de uma forma tão preciosa, que eu, consigo, passar por todo um processo, porque sei que tudo vai rolar da forma como eu quero lá na frente, ou melhor se não rolar, pelo menos neste momento, não fui prejudicada, paciência, é aquela coisa, de tomar toda a água do aquário, esperando chegar no peixinho lá no fundo, engolindo seco, matando um leão todos os dias, mas ganhando sem dúvida alguma, a tão esperada, recompensa, o tal e tão falado pote no fim do arco iris, outra coisa que aprendi, outro dia mesmo, a uns 03 anos, foi administrar o tal sentimento do coração, aquele que todos nós temos, porém pode ser amor mal, ou amor bem, amor que destrói ou amor que evolui, eu sei aguardar a melhor hora, para uma lágrima, ou um sorriso, e sei exatamente, que meu amor não pode ser desperdiçado por ai, tipo troco de nota baixa, ou pedaço de farrapo, pano de chão, ou ainda restos no fundo de um copo, meu amor é precioso demais, é forte demais, e digno demais, e neste momento, remeto todo ele a três situações, primeiro minhas crias, sem valor estimado, depois minha família, com os turrões e as pedras raras, e em terceiro minha grande vocação, com estas três armas ao meu lado, todo o meu amor é concentrado e triplica seu poder de ação e sobrevivência, num mundo onde 75% das pessoas pensam em seus umbigos e ai de você se achar que terão alguma piedade no momento de decisões, interesses a parte, cada um no seu cada um, é meus amores, a coisa é feiosa mesmo, o bicho pega, e se você não aguenta, melhor nem começar a jogar, é tipo roleta russa, um segundo e seus miolos se espalham pelas paredes. Os pregos estão ai a solta e são, ao contrario do que muitos pensam, perigosos ao extremo, já os martelos andam discretos,e não são perigosos, são fatais, um martelo pode errar muitos alvos, mas aquele que acerta, já foi, já era, alguns pregos são tortos e vivem nas sombras, dos becos, das vielas, das esquinas, tomaram tanta martelada, que envergaram, as vezes aprendem, as vezes, vivem assim, até o fim, levando martelada com força. O prego que se destaca, tem que tomar cuidado pra não levar martelada, o tal respeito, pela história do outro, o tal cada um no seu quadrado, eu admiro quem é prego, mas com licença, eu sou martelo, e ando solidaria aos meus companheiros martelos, e ando me juntando a um bando de martelo, e ficando cada dia mais forte, é martelada pra tudo que é lado, porque sou blindada, por martelos, que passaram por caminhos tortuosos, e estão vitoriosos nesta caminhada que eu apenas comecei, em todo caso, quando me resta alguma dúvida, pergunto aos que já foram, como seguir, e quando ouço, você esta correta, fio e fia, sai da frente, que a martelada é certa. 

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