Lince's .

No compasso perfeito de ouvir a voz melodiosa, mansa e perigosa dele, com palavras corretas, cheias de gracejos entre as frases daquele bate papo descontraído, ela sentia todos os teus sentidos sendo ativados, aguçados, oprimidos por não serem expostos a ele, não por desejar aquilo, não por pedir por sentir, mas por não controlar algo que inesperadamente chegou, entrou e instalou-se por dentro, entre o estômago, o intestino, trazendo consigo uma luxuria permanente, e embora todo o contexto de toda a prosa nunca tivera na verdade assuntos relacionados a tais desejos, aquele individuo a estava tomando de assalto, por meios escusos, obscuros e intensamente sedutores, meias palavras, silêncio, outras meias palavras e ela absurdamente delirando do outro lado da ligação, sem defesa, na contra mão de toda a conversa, ele diz isso e ela entende aquilo, suas mãos concentradas entre as pernas, numa leve caricia a principio, ela continua a falar, ele a responder, mas em algum momento se denuncia, ele pressente isso, não recua, mas não ataca, e ela precisa ser atacada, caçada e devorada, é o início do inicio de algo deliciosamente constante, perverso, o sorriso escancarado ao ouvi-lo, e a tentativa absurda de conter as palavras e continuar a conversa sobre tantos assuntos. Olhos lacrados, sentidos fechados para qualquer outro interesse, ela busca os sons em sua mente, as palavras dele, e deixa fluir toda energia da conexão, sentada no sofá da sala, coxas entre abertas, esta frio, chove, a madrugada esta calada, neutra e assisti todo o comportamento despudorado dela, o som de uma batera forte, numa pegada continua, ela esta suando quente, exalando seu perfume de fêmea, as mãos dele percorrem sem pressa as pernas dela e encontra num determinado ponto, a fonte dos gemidos e pedidos implorados dela, ele não se aproxima por mais que ela peça, uma tortura lenta, somente seus dedos tocam o corpo dela, e num gesto rápido e sagaz, sua outra mão posiciona-se no pescoço dela apertando, sufocando, o som ainda mais alto dos pedidos implorados, e a negação dele, toda a explosão dela e a calmaria dele, seu cabelo a toca os ombros e um arrepio percorre todo o corpo dela, são milhares de sensações de prazer, ele esta nu e ela o observa atentamente e obedece aquele ataque sem resistir ou revidar, seu corpo esta completamente solto, flutuando, submissa as palavras que ele diz calmamente no ouvido dela, ele se levanta, abre inteiramente as pernas dela e finalmente se mostra não tão cavalheiro e suave, é rude, forte, impetuoso, o suor pingando no rosto dela, o esforço dele para sanar toda a fúria dos pedidos dela, as mãos nos seios agora, e então um beijo quente, molhado, forte, lábios se esfregando num lamento infinito para atender aos pedidos dela, outras partes do corpo se tocam, estão inteiramente grudados, suados, o sofá é pequeno para tantos movimentos daquela ginastica de encaixe, caem para o chão, ela de costas, movimentos frenéticos, constantes, para saciar o desejo dele, se contorcendo embaixo do corpo e do ataque faminto dele, as mãos agarradas aos seios, rosto colado no rosto, beijos dele na face dela, uma palavra chave no ouvido, lá dentro, ecoando como mil flechas pelo corpo inteiro, perfurando e tocando todos os poros e sentidos possíveis e imaginários, e todas as canções do mundo junto aquela batera, junto aquela batida, ela esta completamente satisfeita, completa, tranquila e saciada, então ele se faz ainda mais presente, movimentos afoitos, porque quer saciar sua vontade, agora não existe um cavalheiro, existe um macho descontrolado, louco para oferecer seu prazer dentro dela, e quando ocorre, os corpos cansados caem para os lados num respirar profundo, aquele sorriso nos lábios dela, aquela sensação de estar esgotada, o corpo todo dói, tremula ela chama pelo nome dele, e mesmo com as forças pequenas e os sentidos mais tranquilos, toda a canção recomeça, novamente com aquele toque suave, generoso e tranquilo que ele tem, novamente é um cavalheiro sendo caçado, colocado a prova dos próprios sentidos, estigado, sem saída, prestes a s transformar num animal irracional, sem limites, predador.
#aloba #blogpadapavirada #padapavirada #lince's 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Patricia aos 40 e o tal de pra sempre.

habitar meu espaço, somente meu espaço.

Quem não dá assistência, abre concorrência.