Boêmios e amantes

E depois de algum tempo, de passar aquele mal estar, aquele mal entendido, eles se reencontraram, aos poucos um olhar se cruzou com o outro, o cheiro dele no ambiente, os mesmos amigos, a boemia, a noite com suas nuvens escuras, ruas desertas, sussurros, e enfim a aproximação, num dialogo bonito de ser ouvido:
- Oi, aceita ( ele com um drink nas mãos )
- Sim
- Somos pessoas do bem, não quero brigar contigo
- Me desculpe pelo auê, pelos palavrões, pelas ofensas, foi ciume sim.
( ele com os olhos grudados nela )
- Você me ofendeu e fiquei chateado
- Você tbem
- Mas não quero ficar neste climão ( ela diz )
- Vamos zerar então
- Concordo
- Pensei muito em você e pedi por sua recuperação
- Eu sei, senti isso
Aquele drink nas mãos dela descia pela goela como uma brisa fresca pra quem anda pelo deserto num sol de mais de 40 graus, aquele drink significava um tratado de paz, um acordo entre duas nações iguaizinhas, com as mesmas politicas, comportamentos e posicionamento, aquele drink significava o inicio de um novo recomeço com muita bagagem, ele começou a dizer o quanto sabia do poder dela e como sentia falta de todas as situações, mas que não estava disposto a alimentar nada, e ela na sua plenitude feminina sentia aquelas palavras como nuvens sob seus pés, tudo que ela mais queria, era paz com ele, paz com o coração dela. Eles trocaram mais algumas palavras, confidencias, pequenas declarações de reciprocidade, a madrugada ia alta, são boêmios incorrigíveis, destes que já passaram dos 40 e a noite ainda encanta como aos 20, álcool, drogas e rock in roll, são desvairados, são irresponsáveis, são amantes da vida, do amor e do sexo, e como não poderia ser diferente, ela sentiu o rubor nas suas faces e a mão enorme e pesada dele sob seus cabelos, o moto do carro parou, ela o convidou para amanhece em seus braços, naquele chamego que ele conhece e gosta, ele reluta, o dia vai raiar, ele não quer expor ela, ela com a voz mais doce, quente e submissa pede por ele na cama dela, ele cede, e uma vez nus e a sós, eles voltam no tempo, ela conhece cada pedacinho daquele corpo, sabe como beija-lo, e ele em contrapartida pede pelos carinhos dela, os corpos perfeitamente em sintonia, o dia raiando lá fora, aquele cheiro tão peculiar da noite, nos cabelos, na pele, no gosto da boca, estão sincronizados, dedos entrelaçados, ela sob o corpo dele, os olhos fechados, o sorriso no canto dos lábios e o pedido dentro do ouvido dele, que imediatamente a obedece e a leva para outra dimensão deliciosamente.
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